Rota das Algas e ACDP da Azenha do Mar

O Projeto "Rota das Algas"e e a Associação Cultural e de Desenvolvimento de Pescadores e Moradores da Azenha do Mar uniram-se para criar o evento “Porto de Pesca”.

Este evento pretende sensibilizar a comunidade em geral para as algas existentes na costa portuguesa, dando também a conhecer as algas produzidas de forma sustentável e disponíveis no mercado atual.

Para fortalecer o interesse nas algas e no seu consumo, será realizada uma ação de reconhecimento de algas edíveis na Natureza e as suas aplicações gastronómicas possíveis, através de um almoço que será confeccionado com algas (recolhidas e fornecidas). A ação de reconhecimento de algas e o almoço com as mesmas serão disponibilizados para os participantes inscritos e para a comunidade piscatória local interveniente no evento.

Em simultâneo, promovem-se ações pedagógicas sobre os ecossistemas marinhos no local, dando a conhecer e valorizando, as práticas ancestrais locais ligadas ao mar. Desta forma, aproximam-se as comunidades locais piscatórias ao público em geral, demonstrando que um recurso local, hoje utilizado noutras vertentes, foi outrora uma parte importante da economia da região.

Pretende-se também, fomentar o conhecimento relativamente aos receituários antigos, interagindo com as comunidades locais ligadas a atividades piscatórias, apanha de marisco e recolha de algas, recursos gastronómicos costeiros presentes ao longo de toda a costa de Portugal Continental e Ilhas.

O evento “Porto de Pesca” tem como objetivo final ser um exercício de construção coletiva, criando sinergias gastronómicas, pedagógicas e culturais estimulantes entre comunidades, cujo ponto comum são as algas.

Uma abordagem atual sustentável e regenerativa dos recursos alimentares costeiros, com enfoque nas macroalgas da zona intertidal, estabelecendo pontes entre o legado artístico registado nestas comunidades em relação ao sector da pesca (algas, pescado, marisco), as histórias ligadas ao património sócio-económico que as algas representavam, num esforço de preservação da memória nas comunidades mais jovens.