ORQUESTRA GULBENKIAN e ARTUR PIZARRO no Festival das Artes QuebraJazz

ORQUESTRA GULBENKIAN e ARTUR PIZARRO no Festival das Artes QuebraJazz

Concerto “As Pátrias Musicais de Grieg e Viana da Motta” no 15º Festival das Artes QuebraJazz

Por Fundação Inês de Castro

Data e hora

qua, 24 de jul de 2024 21:00 - 23:00 WEST

Localização

Colina De Camões

11A Alameda Pedro e Inês Jardins da Quinta das Lágrimas 3040-387 Santa Clara Portugal

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Acerca deste evento

  • 2 horas

ORQUESTRA GULBENKIAN e ARTUR PIZARRO

“As Pátrias Musicais de Grieg e Viana da Motta”

Concerto para piano e orquestra (lá menor) de Edvard Grieg
Sinfonia "Á Pátria" de Viana da Motta


Artur Pizarro, Piano

José Eduardo Gomes, Direcção Musical


Compre já os seus bilhetes - com DESCONTO "early bird" até dia 31 de Maio 2024 (inclusive) por €22,00 (+ taxas de gestão online).

A partir de dia 1 de Junho 2024 o bilhete inteiro custa €25,00 (+ taxas de gestão online).



Nas notas que escreveu (em 2000) para acompanhar a sua gravação de obras de Viana da Motta (nº 24 da série dedicada pela Hyperion ao “romantic piano concert”), Artur Pizarro evoca, a propósito da Ballada op.16 (que ouviremos no tempo di mezzo do nosso concerto) uma afirmação de Walter Niemann que, no livro Meister des Klaviers (1919), se refere ao autor da Sinfonia “À Pátria” como “o Grieg português”.

Afirmações como estas podem ser mais ou menos produtivas, mas admitem sempre um contraditório. Em relação ao presente concerto, permitem-nos, no entanto, desde logo iluminar a coerência discursiva de um programa que, com a participação preciosa do mesmo Pizarro, conjuga um dos mais bem-amados concertos para piano do século XIX (escrito no fim dos anos 60) ─ o concerto em lá menor, op.16, obra fulgurante do jovem Grieg ─ com a obra-prima raramente ouvida de Viana da Motta, escrita vinte anos mais tarde ─ a sinfonia em lá maior op.13 (iluminada por epígrafes de “Os Lusíadas”), na qual o Autor retoma vigorosamente (quase setenta anos depois) o caminho aberto por Bomtempo (tanto nas sinfonias quanto no Requiem), ao mesmo tempo que (com a promessa embora de um “ressurgimento”) interpela o tempo de “austera, apagada e vil tristeza” (o contexto de “decadência” e de “luta”) experimentado pela pátria portuguesa na sequência do Ultimatum inglês.

Um programa que se cumpre sob a sombra tutelar de Liszt? É inevitável reconhecê-lo.

O que não significa apenas recordar a luminosa cadeia de mestres-discípulos em que Pizarro se inscreve (a qual, através de Sequeira Costa e de Viana da Motta, nos reconduz ao próprio Liszt…).

O que significa também reconhecer a herança de um discurso musical inconfundível , tão presente na escrita pianística e no pitoresco orquestral do concerto (que Liszt entusiasticamente acolheu) quanto na síntese de organicidade sinfónica e de inteligibilidade programática que a sinfonia inspiradamente manifesta… e que a torna assim uma irmã mais jovem das geniais Sinfonia Fausto e Sinfonia Dante (ainda que mais próxima da herança de Mendelssohn e de Schumann do que das promessas da “música do futuro”).

Sem esquecer, por fim, a dimensão nacionalista, que no Grieg do concerto (com os seus irresistíveis padrões rítmicos e harmónicos de Hallingdansen) é ainda privilegiadamente “inventio” (sem incorporação de melodias norueguesas autênticas), mas que no Viana da Motta de "À Pátria" é já plena assimilação, nomeadamente no scherzo: neste terceiro andamento emergem na verdade (com irresistível frescura, se não pré-mahleriana ironia) “As Peneiras” de Viseu e o “Folgadinho” da Figueira da Foz… Quanto à Balada op.16, na qual Pizarro reconhece "o trabalho para piano (...) mais maduro" de Viana da Motta, também são duas as canções populares assimiladas ("Tricana de Aldeia", iluminada numa sequência de variações, e "Avé Maria", a dominar a memorável coda).

Texto de José Manuel Aroso Linhares


Artur Pizarro iniciou os seus estudos em Portugal com a sua avó materna, a pianista Berta da Nóbrega e com o Prof. Campos Coelho.

Foi com Sequeira Costa que Artur Pizarro desenvolveu os seus dotes técnicos e musicais que lhe permitiram vencer em 1990 o Concurso Internacional de Piano de Leeds. Desde então Artur Pizarro tem sido convidado pelas principais orquestras e salas de concerto por todo o mundo.

Recentemente gravou em CD com as Orquestras Sinfónicas de Bamberg e Wuppertal, com Maestros como Julia Jones e Thomas Rösner, a solo e também em duo e dueto de piano com Ludovico Troncanetti e Rinaldo Zhok.

Apresentações recentes levaram Artur ao Brasil com a Orquestra de Minas Gerais dirigida por Lígia Amadio, recital no Teatro Colón em Buenos Aires, recital e masterclasses em Seattle nos EUA, recital em Neuss e a estreia mundial do terceiro concerto para piano e orquestra de Marc-Aurel Floros em Kaiserslautern na Alemanha.

Futuros projectos incluem uma tournée na China apresentando repertório de musica de câmara de compositores portugueses, concerto na Casa da Música no Porto, apresentação dum novo CD no CCB em Lisboa, e recitais a solo na temporada inaugural da nova Bechstein Hall em Londres e em Innsbruck na Áustria.


15º Festival das Artes QuebraJazz | Mensageiros

De 17 de Julho a 31 de Agosto 2024 em Coimbra, Portugal

Festival de Verão realizado no Anfiteatro ao ar-livre Colina de Camões, nos Jardins da Quinta das Lágrimas e em diversos locais da região de Coimbra.


O Festival das Artes QuebraJazz reafirma a sua ambição de se tornar uma referência a nível nacional e internacional no âmbito dos festivais de Verão ao ar livre, não esquecendo a intenção de vir a constituir-se como uma âncora de turismo cultural que ajude à promoção da Cidade de Coimbra e da Região Centro de Portugal.

Encontre todas as informações em www.festivaldasartes.com e em wwww.quebrajazz.pt

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